sábado, 8 de maio de 2010

"Coletivo Marquise"



“Sobre tinta preta e um circulo branco: restrições"

Após o alvo escolhido, a iluminação e o enquadramento foram pensados de maneira que a fotografia não se tornasse um mero registro documental. O abandono, os dejetos, o isolamento do local, transmitiam um conforto e uma segurança apesar dos históricos de crimes violentos acontecidos nesse local. A luz projetada por entre a porta tentava se afirmar, mas se tornava difusa e opaca devido a um acúmulo de tinta preta. O ambiente foi retrabalhado dentro das concepções do coletivo. Materiais efêmeros encontrados no local compuseram a ação que não havia sido planejada de antemão.

"Coletivo Marquise"



A ação intitulada “Sobre tinta preta e um circulo branco: restrições", foi realizada em uma fábrica abandonada em Contagem. A situação de inacessibilidade do ambiente motivou uma leitura de campo para analisar as possíveis entradas de luz que cada cômodo tinha. Desconsiderando o risco de serem detidos por invasão de propriedade privada, o local foi invadido a luz do dia.

sábado, 27 de março de 2010

"Coletivo Marquise"


A análise da luz projetada serviu de base para a idealização da ação “Brecha”. Que consiste na detecção de um alvo (no caso essa ação foi feita no Instituto de Educação da região central de BH) na observação de uma falha na sombra projetada, e percebendo ali uma luz em um formato que pareça uma lacuna, ela é pintada de preto como forma de anular essa luz e propondo ser uma “Brecha”, um ruído vazio na imagem. Dentro desse espaço vazio é pichada uma frase apropriada de ditados populares. A frase pintada é “A verdade gera o ódio”. Propondo relações entre intervenção urbana, performance e fotografia.

"Coletivo Marquise"



Proveniente de discussões sobre a falta de reflexão dos coletivos anteriores, e a forma de abordagem de questões que envolvessem o espaço urbano, surge o coletivo “Marquise”. Esse coletivo propõe uma análise da situação de alienação das pessoas no espaço urbano. Essa ação foi intitulada “3 x 4”. Todas as fotos são apropriações de fotos de pessoas que se descuidaram e perderam suas carteiras de identidades na área central da cidade. Aliadas a estética dos cartazes dos Construtivistas Russos e unida a frases informativas, reconfiguram as imagens que sendo coladas nas paredes na forma de lambe-lambe ganham um sentido anti-publicitário.

"Coletivo T.R.A.Ç.A."


Como desdobramento do coletivo “Grude Sujo” Surge o coletivo “T.R.A.Ç.A.” que executa apenas uma ação intitulada “meu nome é Pablo” inspirada no nome verdadeiro do artista desse coletivo. Percebendo o desgaste e a precariedade de crença dos novos participantes, o coletivo se torna ausente no meio dessa trajetória. O interessante não é o objeto ou um fim em especifico, mas as relações que foram criadas no percurso.

"Coletivo Grude Sujo"


A ação nesse lugar (Mercado Novo-BH) consistia na criação do primeiro coletivo, o “Grude Sujo”, que tinha um trabalho plástico de cunho transgressor e diretamente pop. A experiência nesse espaço consistia na discussão com o público e apropriação das idéias dessas pessoas e execução em outra ocasião e espaço. Desali e Estandelau funcionaram apenas como intermediadores de idéias, mantendo um tom sempre imparcial sobre as posições adotadas por esse coletivo.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

DESALI - ESTANDELAU solo


Nos desenhos e frases inseridas nas intervenções, são utilizados gestos soltos e uma figuração abstrata para que o trabalho fique sem um fim específico para que não haja conclusão, pois o objetivo é designar ruídos e deixar a ação em aberto e em constante processo.

DESALI - ESTANDELAU solo



Propondo uma relação com o transeunte que passa a perceber o trabalho e com isso desfocar da sua trajetória cotidiana, esses lambe-lambes além de manterem uma relação entre desenho e pintura são todos originais, únicos. O objetivo dessas pinturas em “lambe- lambe” é massacrar o espaço urbano, contaminando- o. Agressividade visual primaria e antiestética em toda esfera ambiental, força o transeunte a engolir e absorver e conseqüentemente se irritar com o que esta vendo. São pinturas de estética poluída, sem um mínimo de adequação ao meio, servindo mais para veicular marcas de nossos próprios produtos (quadrinho alternativo e camisetas) e ainda ideais “predatórios” e “auto destrutivos”. Esses lambe-lambes se resumem a má pintura carregada de má literatura, erotismo piegas (pornografia), declames e mensagens cifradas, surrealismo clichê e mensagens oportunistas de um discurso político superficial.